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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um domingo diferente

Cinco anos depois de bani-lo da minha vida, fui ao Zinho Oliveira assistir Águia de Marabá e Tuna Luso, levado pelas mãos de pássaro de Maria. Eu não vou lhes falar da causa do meu desaparecimento nem das lembranças tumultuárias que me assediaram no domingo ao olhar o campo em que, ainda no tempo da ponte de madeira e pernas de tijolos enterrados no pântano, estendiam-se as barracas de palha em torno do curral onde dançavam os bois-bumbás.
Conto-lhes apenas que vi uma águia verde transmutada em peladeira e um time local igualmente irreconhecível, ainda que envergando a mesma camiseta azul e branca. E encontrei conhecidos que não via há anos e jovens que me esforcei por lembrar, mergulhado no calor de quase 40 graus à sombra, sem uma brisa sequer.
À noite, uma encantadora surpresa. Levou-me Maria a ouvir e ver uma bela jovem chamada Ayla que toca e canta como um querubim, e que, por descaso e desorganização histórica do segmento artístico de Marabá e do estado, ainda não foi descoberta e lançada como uma das nossas mais completas artistas. Na percussão, outro craque – o Júnior – contido e perfeito na sustentação do ritmo. Na lanchonete, entre as poucas pessoas, a irmã de Ayla, Ana Clara, a mãe e um amigo mais próximo. Uma festa em família.
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