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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Já o colégio estadual não acaba nunca. Nem a reforma da UEPA. Prioridades de Jatene...

Em fase de conclusão, unidades prisionais de Marabá terão mais de 370 vagas

ASCOM SUSIPE
As obras atendem a parâmetros de sustentabilidade, com aproveitamento de águas pluviais e iluminação externa

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 21/10/2013 às 19:59

    As duas novas unidades prisionais que o governo do Estado está construindo em Marabá, município do sudeste paraense - o Centro de Recuperação Feminino (CRF) e a Central de Triagem (CT) – já estão com mais de 80% das obras concluídos. As duas unidades vão oferecer mais de 370 vagas, resultado de um investimento superior a R$ 4 milhões - recursos dos governos federal estadual.
    O andamento das obras está sendo acompanhado pela Divisão de Engenharia e Arquitetura (Dear), da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). Na última sexta-feira (18), a gerente da Dear, arquiteta Célia Monteiro, inspecionou as duas unidades.
    No Centro de Recuperação Feminino, acompanhada de um representante da Con Art – Projetos e Construções, empresa responsável pelo projeto, Célia Monteiro verificou o estágio da obra, colhendo informações para o relatório de inspeção que será encaminhado à Caixa Econômica Federal, que liberou o financiamento.
    O CRF de Marabá abrirá 86 vagas, para atender o sudeste do Estado. A unidade terá sala de aula, espaço para realização de oficinas e cursos e berçário, para os filhos de internas que ainda estão amamentando. O centro, que já está com mais de 80% das obras concluídos, deve ser entregue no final deste ano.
    Estrutura - Com o objetivo de diminuir a superlotação nas unidades prisionais existentes na região, a Central de Triagem de Marabá abrirá 292 novas vagas, e será equipada com consultório médico e odontológico, salas para atendimento psicológico e serviço social, quatro salas de aula e quatro celas adaptadas para pessoas com deficiência.
    A nova Central de Triagem, que está com 85% das obras concluídas, foi projetada com parâmetros de sustentabilidade, incluindo um sistema de reaproveitamento de águas pluviais (a água da chuva será coletada por calhas e armazenada para utilização nas descargas, pias e lavagens externas).
    Célia Monteiro explicou que as novas unidades também aproveitarão a iluminação externa. As dependências são ventiladas e iluminadas, deixando o ambiente mais saudável para os internos. “Houve a preocupação de toda a equipe em seguir as diretrizes do Departamento Nacional Penitenciário (Depen)”, informou a arquiteta.
    Mais vagas - Além das novas unidades prisionais em Marabá, a Susipe está com mais oito obras em andamento nos municípios de Santarém, Santa Izabel do Pará, Tomé-Açu, São Félix do Xingu, Bragança e Parauapebas. Até o final de 2013, a Susipe vai inaugurar quatro novas casas penais, gerando mais 1.010 vagas no sistema penitenciário do Estado, com investimentos superiores a R$ 15 milhões. Os recursos utilizados nas obras são federais e estaduais.
    Em julho deste ano, foi entregue o Centro de Recuperação Regional de Breves, no Arquipélago de Marajó, com 128 vagas, no qual foram investidos R$ 4 milhões. “O objetivo do governo com a ampliação do sistema penitenciário é zerar o déficit de vagas até o final de 2014", garantiu o titular da Susipe, André Cunha.
    Dentro desse prazo, 22 novas unidades prisionais devem ser entregues, gerando cerca de 06 mil vagas, resultantes de mais de R$ 115 milhões em investimentos.
    Atualmente, o Pará tem a 12º maior população carcerária do país. As 42 unidades da Susipe abrigam 11.371 presos. Desse total, 1.629 estão na Região Metropolitana de Belém (RMB), e o restante no interior. Na RMB não há nenhum preso em carceragem de delegacia, sob a custódia da Polícia Civil. No interior, 696 detentos estão nas carceragens de delegacias.

    Um comentário:

    Anônimo disse...

    Ademir Braz, bom dia.
    Interessante a aplicação( ou a prioridade na aplicação) dos recursos. Agora, o que me chamou a atenção foi o último parágrafo do release:
    A população carcerária é de 11.371 presos,sendo que 1.629 estão na Região Metropolitana de Belém(RMB). Estes números informam que 14,33% da população carcerária está localizada na RMB. Consultando o Portal do Governo do Pará, na página relativa as informações gerais, temos o seguinte:
    População do Pará : 7.321.493 habitantes
    RMB : 2.100.000 habitantes

    Em termos percentuais, a RMB representa 28,68% da população paraense.
    Não conheço os dados relativos ao percentual de crimes nas diferentes micro-regiões do Estado, ou a taxa geral do Pará, para ter uma análise da incidência deles no total da população.
    Mas esta diferença discrepante chamou a atenção: embora a RMB represente 28,66% da população paraense, a sua população carcerária é a metade da população carcerária do Estado.
    esta divergência tão acentuada, suscitaram algumas dúvidas:
    1)Ocorrem o dobro de crimes nas outras regiões?
    2) o Judiciário das outras regiões tem o dobro da agilidade no andamento dos processos em relação aos Juizados da RMB?
    3)A Policia Civil das outras regiões investiga e produz com o dobro da eficiência da PC da RMB?

    Grande abraço
    Marcio Mazzini