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domingo, 14 de abril de 2013

Prisão domiciliar?


A informação de que advogados do coronel PM Mário Colares Pantoja estariam tentando alcançar-lhe o privilégio da prisão domiciliar por estar “muito doente e precisa envelhecer com dignidade”, gerou protestos de todos os lados. Pantoja foi condenado a 280 anos de prisão pelo assassinato de 19 trabalhadores rurais sem terra em Eldorado do Carajás em 17 de abril de 1996.
Organizações como Movimento dos Atingidos por Barragens, Cepasp, CPT Regional Norte II, FREC LPEC/UFPA, Faculdade de Ciências Sociais Araguaia Tocantins, MST e IFPA Campus Rural de Marabá, dentre outros, reunidos recentemente em Marabá por conta do julgamento dos assassinos do casal de extrativistas Maria do Espírito Santo e José Claudio, divulgaram manifesto em que consideram “vergonhoso que às vésperas de o massacre de Eldorado do Carajás completar 17 anos ainda haja esse grau de impunidade. Um dos únicos condenados pleitear prisão domiciliar. Não concordamos com essa manobra”.
“Da condenação pelo tribunal do Júri, em maio de 2002, o réu só foi cumprir pena no Centro de Recuperação Anastácio das Neves – Crecran, em Vila de Americano (Santa Izabel do Pará), em 07 de maio de 2012, 10 anos após ter sido condenado”, alegam as entidades.
“Até hoje, acrescentam, o massacre de Eldorado do Carajás continua impune, as viúvas sem serem reparadas, os que ficaram com sequelas todos com idade entre 50 e 65 anos sem tratamento adequando, e os seus mandantes e soldados sem nenhuma condenação exemplar”.
E concluem: “Entendemos que é papel do Estado e do Judiciário  resguardar a sociedade de conviver com um assassino de tamanha crueldade, assim como mantê-lo sobre as mesmas condições porque passam todos os outros detentos do sistema prisional paraense”.

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