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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O circo eletrônico: vale a pena assistir


Programa dos candidatos à Câmara na tevê. Gosto de assistir o desempenho deles: esforçados, sérios e até parecem acreditar no que dizem. Todos querem fazer mudanças, que não explicam, e fico me indagando para onde e como eles pretendem nos mudar, Afinal, eles não são donos – nem funcionários – das raras transportadoras existentes na cidade, nem imagino que área ocuparíamos no caso de uma evacuação dessa envergadura. Será que a intenção deles é fazer essa mudança nas costas, a pé, peça a peça dos trastes que acumulamos em casa? Improvável, embora eu saiba que em Marabá tem doido para tudo.
Alguns candidatos mais modestos, nem por isso menos sub-reptícios e solertes, almejam eleger-se para mudar. Principalmente do bairro em que moram e onde falta da água à limpeza pública. E como tem gente falando em mudar invasão!... Um deles, por acaso, aparece exaltado nas ruas do que se presume uma favela queixando-se do abandono e da falta de oportunidades, e o cenário da suposta favela é repleto de casas comerciais e construções da melhor qualidade.
Os personagens são todos meus amigos e amigas, eles fazem questão de sublinhar, e lhes sou grato pela amizade desinteressada, embora nunca sequer nos tenhamos visto nesta vida (e provavelmente não nos veremos na outra porque inúmeros são evangélicos, porquanto desde já latifundiários do céu, enquanto eu sou pagão – sem direito sequer ao purgatório – e, pior, imortal).
Também gosto do que  me dizem: “Pense grande, vote Miúdo!” “Sei que você está cansado de promessas, por isso, vote em mim por mais calçamento, educação e saúde!” “Vote em mim, pra não se arrepender depois!”
E há propostas do mais alto interesse coletivo. No turismo, por exemplo, precisamos resgatar o Maraluar, aquele sarau noturno pantagruélico e privado na Praia do Tucunaré, inacessível a pobres e outros desvalidos. Também precisamos preservar o Forró dos Velhos, suprema atividade social até para idosos recalcitrantes como certo poeta mal-ouvido.
Eu gostaria que o programa eleitoral “gratuito” fosse permanente e diário, principalmente à noite, na hora do jantar. É digestivo e diverte a família. Se você não tiver família, serve também.  Serve, inclusive, para a gente rever figuras que se supunha enterradas, e bem enterradas, na pré-história política da cidade. Agora, olha eles aí ressurrectos e fagueiros, a pensar numa volta à Câmara por onde passaram e deixaram rastros que nunca conseguimos esquecer.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bem que o Águia podia seguir o exemplo!

No Contraponto & Reflexão


Marabaense é Ouro na Paralimpíadas de Londres

 Alan Fonteles desbanca 'lenda' e é ouro

ALAN CONSEGUIU UMA REAÇÃO INCRÍVEL NO FINAL DOS 200 METROS E TERMINOU EM PRIMEIRO

02/09/2012 - 18:37 - Esportes

No meio do caminho, o ouro parecia impossível. Oscar Pistorius corria lá na frente, sem sentir nos ombros o peso do favoritismo nos 200m rasos T44. Várias passadas atrás dele, um brasileiro de 20 anos ainda não tinha desistido da ideia de ser o estraga-prazeres no Estádio Olímpico de Londres. Alan Fonteles acelerou. Se agigantou. E desbancou o rival famoso diante de um público atônito. Com uma arrancada espetacular na reta final, o velocista paraense despejou sua fúria nas próteses de fibra de carbono, criticadas por Pistorius na véspera. E arrancou uma medalha de ouro histórica para o Brasil nas Paralimpíadas. Alan cruzou a linha de chegada com o tempo de 21s45, à frente dos 21s52 do sul-africano. O bronze ficou com o americano Blake Leeper, que fez 22s46. Com o ouro garantido, Alan nem chegou a abrir o sorriso. Com a fisionomia séria, foi cumprimentando os rivais, um a um. E o abraço tímido de Pistorius mostrou que o adversário não estava nem um pouco satisfeito com o resultado. Pistorius terá mais três oportunidades de tentar uma revanche contra Alan. Os dois também dividirão as raias do Estádio Olímpico de Londres nos 100m e 400m T44 e no revezamento 4x100m T42/T46. O clima de rivalidade nos 200m foi acirrado por Pistorius após as eliminatórias do sábado, quando o corredor sul-africano criticou as próteses que o brasileiro estava usando para competir em Londres. O “Blade Runner” chegou a sugerir que Alan poderia ser beneficiado com as novas próteses. O treinador da equipe brasileira de atletismo, Ciro Winckler, confirmou que o pernambucano está mais alto, com 1.81m, contra 1.76m no Mundial da Nova Zelândia, no ano passado. Na ocasião, Alan ficou com o bronze nos 100m T44 e Pistorius foi prata. Mas, apesar das críticas de Pistorius, a mudança é permitida pelas regras do Comitê Paralímpico Internacional. O paraense teve as duas pernas amputadas com apenas 21 dias de vida, em conseqüência de uma série de manifestações graves causadas por uma infecção intestinal. Em Marabá, sua cidade natal, Alan passou a se interessar por atletismo quando tinha apenas oito anos. A vontade de correr era tão grande que o garoto começou a treinar com as mesmas próteses de madeira que usava para andar, totalmente inadequadas à prática esportiva. Mas Alan persistiu e, pouco depois de ganhar o primeiro par de próteses de fibra de carbono, chegou à primeira Paralimpíada, em Pequim. Com apenas 16 anos, o paraense ficou em sétimo nos 200m T44 e viu o ídolo Pistorius levar o ouro com um recorde paralímpico. A medalha de prata no revezamento 4x100m, no entanto, já indicava que Alan estava apenas começando uma promissora carreira nas pistas mundiais. Fonte: GloboEsporte.com

Decepção extensiva ao Águia

No blog de Ércio Bemerguy

Vergonha de ser remista

O Clube do Remo perdeu para o Mixto-MT por 2 a 0 na noite de ontem (2), no estádio Presidente Dutra, em Cuiabá (MT). A partida é a primeira das oitavas de final – grupo B1 – do Campeonato Brasileiro da Série D. O jogo decisivo ocorre no próximo domingo (9), em Belém, e o Leão precisa vencer por 3 gols de diferença para garantir a classificação para as quartas de final.  (Dol)

Paysandu empata
O Paysandu empatou em 2 a 2 com o Luverdense na tarde de ontem (2), em Lucas do Rio Verde (MT). A partida fechou a 10ª rodada do grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C. O resultado colocou o Papão novamente na quarta posição da chave, com 14 pontos. Os bicolores estão com a mesma pontuação que o Santa Cruz-PE, terceiro colocado, porém, perdem no saldo de gol.
O próximo jogo do time comandado por Givanildo Oliveira está marcado para o sábado (8), às 16 horas, no estádio Mangueirão, contra o Guarany-CE.

domingo, 2 de setembro de 2012

"Nada mudou..."

Recebi do leitor Sildomar Souza este comentário sobre a análise que fiz no tema do Projeto Cobre-Salobo:


"Sempre acompanho seus comentários no que tange a varios assuntos, mas esse de hoje nao poderia deixar passar despercebido,  "Ouro, prata e cobre se vão. Ficam os poluentes". Quando adolescente participei ativamente de tal manifestação, que na época parou Marabá. Nos concentramos na rotatória do Km 06, vestido com uma camisa amarela que estampava a seguinte frase: "O salobo é nosso".
Foi então que comecei a ter uma concepção do que era política e do poder que então CVRD, hoje VALE, tinha. Percebo que nada mudou dadas as circunstâncias, pois a finalidade da mesma é comparada com a vinda dos Portugueses ao Brasil, apenas para retirar nossas riquezas. Mas tenho esperança que as coisas mudem." 

Igreja Católica 'parou há 200 anos', diz cardeal italiano

No Blog de Manuel Dutra:



Cardeal Martini, morto anteontem
A Igreja Católica está "200 anos atrás" dos tempos atuais, disse o cardeal italiano Carlo Maria Martini, que morreu na sexta-feira aos 85 anos
Da BBC Brasil
O cardeal Carlos Maria Martini deu entrevista no começo de agosto e morreu na sexta-feira.
A Igreja Católica está "200 anos atrás" dos tempos atuais, nas palavras do cardeal italiano Carlo Maria Martini, que morreu na sexta-feira aos 85 anos.
A opinião do religioso – que chegou a ser citado como cotado ao papado – foi dada durante a sua última entrevista, gravada em agosto e publicada pelo diário Corriere della Sera, de Milão.
Milhares de pessoas vêm prestando as suas últimas homenagens a Martini na catedral de Milão, onde ele foi arcebispo por mais de 20 anos, até se aposentar em 2002, já sofrendo do Mal de Parkinson."A nossa cultura envelheceu, as nossas igrejas são grandes e vazias e a burocracia eclesiástica está crescendo, os nossos ritos religiosos e vestimentas são pomposos", afirmou o cardeal na entrevista, em que propôs uma mudança de direção radical.
Em sua última entrevista, o cardeal afirmou que muitos católicos perderam a confiança na Igreja Católica e defendeu, entre outras adaptações, uma postura mais generosa em relação aos divorciados.
Além disso, ele pediu que a mudança comece no topo com uma "transformação radical, começando pelo papa e seus arcebispos".
Escândalos sexuais
Martini tinha voltado à Itália recentemente, depois de passar os últimos se aprofundando em estudos bíblicos em Jerusalém.
"Os escândalos sexuais envolvendo crianças nos obrigam a uma viagem de transformação", disse Martini, referindo-se às várias acusações de pedofilia que surgiram contra líderes católicos nos últimos anos.
O popular cardeal jesuíta era considerado liberal em diversos aspectos e foi muito respeitado pelos papas João Paulo II e seu sucessor, Bento XVI.
Analistas dizem que ele ficou conhecido como crítico corajoso durante a sua passagem pela maior diocese da Europa.
Ele não se furtava a tocar em temas que muitos no Vaticano consideram tabu, entre eles, o uso de preservativos para combater a Aids na África e o papel das mulheres no clero.
Em 2008, ele chegou a criticar a proibição da Igreja à contracepção, afirmando que a postura possivelmente afastou muitos fieis. Dois anos antes, ele declarara publicamente acreditar que camisinhas são, em algumas situações, "o menor dos males".
No entanto, é muito incomum que um integrante do alto escalão do clero critique abertamente a forma com que a Igreja põe seus ensinamentos em prática.
Analistas afirmam que o papa agora tem pela frente uma decisão difícil: comparecer ou não ao funeral de Martini na segunda-feira – o que, para muitos, seria uma poderosa afirmação da unidade da Igreja Católica.O atual pontífice é conhecido por não premiar líderes católicos que se atrevam a questionar a doutrina.
A última entrevista do religioso foi dada no início de agosto a um jornalista e ao também jesuíta Georg Sporschill.O cardeal Martini foi um acadêmico e estudioso da bíblia respeitado, além de prolífico autor de livros populares sobre religião.