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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Remo: clube não tem time. Só torcida

Em O Mocorongo:


Fiasco azulino

O Clube do Remo está fora da Série D. Na base do desespero, o time azulino conseguiu fazer 2 a 0 no Mixto-MT - placar que levaria a decisão da vaga para os pênaltis -, mas acabou sofrendo um gol de contra-ataque e está eliminado da competição. O 2 a 1 de ontem, no Mangueirão, cortou o embalo da torcida, que compareceu em massa ao estádio e empurrou a equipe até os últimos instantes do jogo. A partir de hoje, o Leão Azul volta a viver de projetos. De "férias" do futebol, o clube terá três meses para se planejar com vistas à temporada 2013.

O Remo pode lamentar o resultado em campo, mas não o apoio vindo das arquibancadas. Mesmo sabendo que seria difícil chegar aos 3 a 0 que classificariam o time no tempo normal, o Fenômeno Azul praticamente lotou as arquibancadas do Mangueirão, com o público total anunciado de 26.381 pessoas, o maior registrado nesta edição da Série D - sendo que a sensação visual era de mais de 30 mil presentes. O recorde de renda também é remista. Na sua despedida da Quarta Divisão, o Leão Azul arrecadou mais de R$ 316 mil, com 23.273 pagantes.

Ao retornar do Mangueirão, ontem, muito revoltado, um apaixonado torcedor remista - Lucas Negrão - do bairro Batista Campos/Belém, mandou e-mail a este blog, com o seguinte teor: "A sempre fiel galera azulina já sabe o que vai acontecer nos próximos dias: a incompetente diretoria contratará um treinador local, pagando a ele uma mixaria, e anunciará que em 2013 o clube prestigiará os ´garotos` da divisão de base. Jogará nas cidades do interior paraense e, quando começar a próxima competição oficial - o Parazão - trará comissão técnica de fora e um montão de jogadores pernas-de-pau, com salários exorbitantes e tudo estará preparado para novo fiasco. Jamais iremos esquecer de que os verdadeiros culpados da desclassificação da série D, são: Sérgio Cabeça (presidente), aquele mesmo que comandou irresponsavelmente a Escola Técnica Federal; Paulo Mota (vice-presidente); Albani Pontes (diretor de futebol); os membros (todos) do Conselho Deliberativo do clube; e o governador Simão Jatene, que certamente continuará, com a grana que não é dele, mas do povo do Pará, pagando polpudo patrocínio sem exigir prestação de contas nenhuma dos dirigentes, não só do Remo, mas também dos demais clubes beneficiados." 

 Por Angélica Caldeira Guimarães, no blog da Franssinete Florenzano:

“Como uma mãe, a torcida azulina acolhe o Remo, sempre na esperança de que ele irá se redimir e vá voltar a tomar rumo certo, vai voltar a dar orgulho. Como uma mãe, chora muitas vezes, se decepciona, e vê seus conselhos entrando por um ouvido e saindo pelo outro. Como um filho rebarbado, o Remo faz suas besteiras, mas quando está mal, chora no colo da torcida, que é a única que o acolhe e o ama imensuravelmente. E como uma mãe, a torcida diz que não vai mais fazer nada, que lavou as mãos, e vai deixar o filho seguir o rumo sozinho, aprender a andar com as próprias pernas, mas coração de mãe não aguenta, e logo estende o braço, a mão, o corpo e alma e mais uma vez promete ajudar esse filho, não importa como. Por que sabe, que sem uma mãe, esse filho que tanto luta para ser "rebarbado" não será nada. E é assim, a torcida azulina, como uma mãe, uma luz, uma força que sempre vai guiar o Remo, não importa como.” 

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