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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Repórter flagra tromba d'água e pesca predatório no Lago de Tucuruí


Ciclone quase traga pescadores

Ciclone tropical causou medo em pescadores..

... mas também rendeu um belo espetáculo


Uma equipe de pescadores esportivos passou um sufoco daqueles quando por muito pouco não é sugada por um ciclone tropical no Lago de Tucuruí, na tarde da última quinta-feira (7). A equipe era composta por este repórter, o empresário Hudson Silva e o executivo Wagner Franchia, o “Pipoca”,que veio de Curitiba exclusivamente para pescar no Lago.

O ciclone se precipitou às proximidades da antiga Ilha do Bogéa. Nesse tipo de evento da natureza, geralmente vem precedido de uma tempestade.
Demorou pouco mais de cinco minutos o ciclone, porém foi o suficiente para causar um grande frisson entre os pescadores.
O paranaense “Pipoca” foi um dos mais afetados pelo evento natural, uma vez que se encarregou de juntar equipamentos que se espalhavam na embarcação “Pesca Marabá”.
Em outra embarcação seguia o experiente pescador Francimar e o paranaense Paulo Marinho, parceiro de pescaria do “Pipoca”.
Estes dois passaram um pouco mais distante e o sufoco foi bem menor, inclusive, Paulo Marinho teve tempo de filmar o Ciclone Tropical.
Predatória – Após o sufoco do Ciclone Tropical, a dupla de paranaenses, “Pipoca” e Paulo Marinho se hospedaram na Ilha dos Perdidos e pescaram durante três dias no Lago de Tucuruí.
Fisgaram alguns peixes, porém não foi suficiente para superar as expectativas de ambos que desejavam capturar belos espécimes de tucunaré.
Esse tipo de peixe, no Lago de Tucuruí está cada vez mais escasso em função da pesca predatória. Não importa o local em praticamente todas as localidades que se “estaciona” uma lancha há redes estendidas.
Geralmente esse tipo de apetrecho está abaixo da medida permitida. De outro lado, durante os cinco dias em que os pescadores esportivos estiveram no lago de Tucuruí não se viu uma única atividade de fiscalização.
Os dois pescadores curitibanos observaram que estes dois fatores, a pesca predatória, aliada à omissão de quem deveria fiscalizar coloca em risco a piscosidade do lago, tal qual aconteceu em outras regiões.
Por sua vez, o vice-presidente da Associação de Pesca de Marabá e do Araguaia Tocantins (Aspemat), Alexandre Lourenço lembrou que uma das bandeiras da entidade é lutar para o fechamento do Lago por um período de dois anos a fim de combater a pesca predatória.
Até mesmo os pescadores artesanais reclamam da pesca predatória, entre elas Cléia Coqueiro.
"Estamos passando dificuldades, são pescadores de outros estados que estendem quilômetros de redes no Lago e capturam diversos cardumes de peixes”, comenta.
Estes mesmos pescadores, segundo Cléia Coqueiro, não respeitam os ribeirinhos. “Estava tentando pegar alguns tucunarés, perto de casa e eles chegaram e colocaram as redes deles, tive de sair, pois espantaram os peixes, não respeitam nem o lugar onde a gente mora e ainda nos ameaçam se a gente reclamar deles”, denuncia.

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