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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Contaminação ameaça área nobre da Nova Marabá

No Correio do Tocantins:

11/05/2012
 Vereadora diz que casa serve de depósito de lixo hospitalar

A vereadora Júlia Rosa (PDT) usou a tribuna da Câmara Municipal de Marabá na última terça-feira, dia 8, para denunciar que uma casa localizada na Folha 32 Quadra 10 Lote 14, área residencial, estaria funcionando como depósito de lixo hospitalar.
Júlia diz que recebeu a denúncia de um grupo de mais de 40 moradores da Folha 32, que enviaram um abaixo-assinado ao seu gabinete e ao da colega Antônia Carvalho (PT), pedindo que elas cobrassem dos órgãos administrativos e judiciais uma solução para o problema.
Segundo o abaixo-assinado, diariamente um caminhão chega em frente àquela residência e pessoas vestidas de branco levam sacos que seriam de lixo hospitalar para o interior da residência. “Temos notado que do caminhão transportador de lixo, derrama-se liquido de odor insuportável, o que compromete o sono e a saúde dos vizinhos. “Trata-se de um chorume que pode estar causando danos ao meio ambiente”, disse Júlia Rosa da tribuna da Câmara, informando que já protocolou documento no Ministério Público Estadual para que a Promotoria do Meio Ambiente determine a investigação do caso por parte da Vigilância Sanitária do município.
Durante o dia, a reportagem do CORREIO DO TOCANTINS foi ao local indicado pelos queixosos e identificou a casa, que está localizada ao lado de um condomínio de quatro andares. A maioria dos queixosos está localizada neste prédio, enquanto outros moram em residências ali perto.
Um caminhão câmara fria estava estacionado ao lado, com logomarca da empresa RR Empreendimentos - Soluções Inteligentes. Um dos moradores, que pediu reserva de seu nome, disse que diariamente um veículo pequeno chega àquela casa com lixo recolhido de hospitais e farmácias da cidade e coloca vários sacos com o material infectante dentro da casa. Depois, um caminhão vai ao local, retira o lixo e transporta para o município de Rio Maria, sede da empresa especializada em incinerar lixo hospitalar.
Apenas no início da noite o repórter conseguiu falar com o gerente operacional da empresa em Marabá, Gilberto Rocha, e Luiz Henrique Pereira Machado, gerente em Rio Maria. Eles pediram um tempo de meia hora para poder receber o repórter na casa. Ao chegar ao local, mostraram o imóvel, cômodo por cômodo. Do lado de dentro, há três quartos, banheiros, cozinha e uma sala, que dão ideia de um misto de residência e escritório.
O grande dilema está na garagem da casa. Ali estava um veículo furgão que guardava o lixo hospitalar recolhido em hospitais, centros de saúde e farmácias da cidade, além três tambores ao lado do muro. Segundo eles, um dos recipientes tinha apenas lixo seco, como seringas, sem perigo de contaminação, enquanto os outros dois não foram abertos para verificação, mas garantiram que não tinha “nada demais”.
Parte do chão da garagem estava molhada com líquido estranho e fedorento. A suspeita era de que parte do material recolhido estaria depositado ali e recolhido momentos antes da chegada da reportagem. Aliás, também pareceu estranho que o fundo da garagem estivesse protegido por uma lona, para evitar que os moradores do prédio ao lado percebessem a movimentação do lixo hospitalar. “Na verdade, é uma proteção para evitar especulação por parte dos vizinhos”, reconheceu Luiz Henrique.
Na entrevista, Gilberto alegou que a versão dos moradores não condiz com a verdade. Ele explicou que o lixo é recolhido em veículos pequenos durante o dia e depois transferido direto para o caminhão câmara fria, sem entrar na casa.
Todavia, em seguida, revelou que as viagens para Rio Maria não são diárias e que o material infectante fica armazenado dentro dos veículos, até o dia seguinte, quando é colocado nos caminhões. Luiz Henrique reconheceu que ocorrem vazamentos de líquido quando o material é transportado para o caminhão, alegando que este não causa nenhum tipo impacto ao meio ambiente.
Gilberto informou que a empresa funciona há dois anos naquele endereço e estranhou que apenas agora os vizinhos estejam reclamando de sua instalação no local. Ele informou que a RR Empreendimentos pretende instalar outra sede em local distante da área residencial, mas não disse quando isso vai acontecer e nem para onde vai.
A reportagem do CT entrou em contato com o secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Karth, o qual ficou surpreso com a informação de que uma empresa dessa natureza estaria instalada em área residencial. Todavia, com cautela, informou disse que enviaria hoje, quinta-feira, uma equipe de fiscais ao local para pedir as licenças ambientais de transporte de resíduos e também de armazenamento, que devem ter sido emitidas pelo Estado. “Vamos verificar a legislação e só depois nos pronunciar sobre esse caso”, explicou.
A coordenadora de Vigilância em Saúde da Regional da Sespa em Marabá, Ana Raquel Santos Miranda, também ouvida pelo CT, destacou que a licença sanitária concedida pelo Estado a esses estabelecimentos é concedida por uma equipe de Belém, mas que acionaria a equipe local para acompanhar o caso. (Ulisses Pompeu)

3 comentários:

Anônimo disse...

O secretário de meio ambiente vai VERIFICAR a legislação? Meu amigo, não quero ensinar seu trabalho, mas acho que você deveria saber a legislação sem precisar verificar.

Doidão de Raiva disse...

O QUÊ MAIS FALTA NESTA CIDADE?

1 - DES-prefeito enricando assustadoramente?
2 - Irmãos e parentes em cargos públicos?
3 - Empresas fantasmas prestando nenhum serviço?
4 - Frota de veiculos até de vereadores alugados para a PMM?
5 - Obras do PAC que nem ao menos terminam e já estão em manutenção?
6 - MPE e MPF de vendas nos olhos?
7 - Policiais invadindo casas de servidores e prédios públicos?
8 - Há deixa prá lá, já tá quase mesmo no fim do mandato?

Quê porr.... é essa que ninguém faz nada, cadê as a OTORIDADES DESTA CIDADE??????????

Doidão de Raiva disse...

Em se falando de ninguém faz nada?
Esqueci, faz sim! O pessoal que se diz do código de postura nesta cidade, foi importunar o vendedor de laranjas numa rodovia federal.
Agora eles também poderiam ter vergonha em suas caras e irem retirar todos que estão nos meios das ruas. Afinal de contas a Leolar tem cône privatizando espaço público; taxistas estacionando onde não deveriam; vendedor de vinhos na Marabá pioneira e ninguém ver; calçadas sendo usados como feiras; e ai por diante.
Vão tomar vergonha e procurem atender a sociedade com mais dignidade e os vendedores que se acharem prejudicados procurem comprar produtos mais baratos para revenderem aos cidadãos.