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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Servidores da extinta Sucam vão receber pensão vitalícia

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou hoje (29) projeto de lei que concede pensão especial vitalícia para servidores ou parentes de ex-servidores da extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam). A pensão de R$ 2.500 será paga às pessoas ou famílias de servidores falecidos por causa de doenças graves decorrentes do dicloro-difenil-tricloroetano, o chamado DDT, usado para pulverizar residências e evitar doenças causadas por insetos.
O projeto de lei agora será analisado pela Câmara dos Deputados uma vez que foi aprovado em caráter terminativo pelos senadores. A matéria prevê que o benefício não poderá ser acumulado com outro rendimento ou indenização paga pela União. Caberá ao governo federal estabelecer as regras para comprovação das pessoas contaminadas por DDT e sua correlação com a doença grave do servidor. (Agência Brasil).

4 comentários:

ANdre disse...

O que me deixa puto é a falta de consideração com os soldados da borracha que estes politicos fdp de brasilia só dão informações em época de eleição.
Meu pai ao 90 anos, tem que se contentar com o humilhante 2 salarios minimos e se consultar todo mês, comprar remedios caros e só nao vive na necessidade devido a familia.
Passou 2 anos durante a 2 guerra mundial nas matas extraindo borracha para o Brasi enviar aos EUA e viu durante estes tempos muitos amigos morrerem por animais, doenças da regiao e sem assistencia medica eram enterrados na mata.
Tem varios deles em marabá ainda vivos.
Humilhante

Anônimo disse...

Pelo que sei, no início do caso(problema)eram muitos os que manusearam o DDT. Hoje, alguns já faleceram, outros estão doentes(envenenados), com pouca expectativa de sobrevida. Porém, antes tarde que nunca a ajuda devida. Em 01.03.12, Marabá-PA.

Ademir Braz disse...

Concordo com você, André. No caso dos "soldados da borracha", durante tentativa de cadastramento de sobreviventes em Marabá,para fins de aposentadoria, teve entrevistador que exigiu dos velhinhos que apresentassem equipamentos que usaram no corte de seringueiras e coleta da borracha, na década de 1940.
Filhadaputice sem tamanho.

Ademir Braz disse...

Perdi amigos diletos envenenados por DDT, tanto aqui em Marabá quanto em Santa Isabel do Pará, onde vivi cerca de oito anos. Acompanhei a luta deles e a resistência safada e escandalosa do governo federal em reconhecer que a doença que os acometia era resultado da manipulação do do dicloro-difenil-tricloroetano, vulgo DDT.
Não sei se estariam ainda vivos por receberem esta miséria de aposentadoria ou indenização. Mas se eles tivessem sido respeitados ainda em vida, seguramente suas famílias não teriam passado tanto aperto em razão da doença ou falecimento do chefe de família.
Na minha infância, lembro bem, "a turma do DDT" passava de casa em casa na Marabá Pioneira nos livrando da praga das muriçocas e da peste da malária.