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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

OLHA O MARABÁ DO MAURINO AÍ CAINDO AOS PEDAÇOS, GENTE!

No Correio do Tocantins


16/12/2011
 HMI com risco de morte de bebês por falta de estrutura
 


O corpo médico-obstetra do Hospital Materno Infantil (HMM) está “jogando o jaleco”, como fizeram recentemente os colegas que atuam no Hospital Municipal de Marabá (HMM). Esta semana, eles entregaram um documento para vereadores e ao Ministério Público em que pontuam os principais problemas daquela casa de saúde e alertam para a possibilidade de morte de bebês pela falta de materiais básicos e essenciais durante o parto.

No documento, os médicos falam em “condições inadequadas de trabalho”, o 
Falta de amnisoscópio em número adequado, ausência de cardiotocógrafos, importantes para avaliar o bem estar fetal intra-útero, necessidade de médicos diaristas para atender as pacientes hospitalizadas nas enfermarias, necessidade de pediatras em sala de parto com posterior acompanhamento dos recém-nascidos até o momento da alta; aumento do número de leitos, pois os leitos disponíveis são insuficientes para atender a demanda dos 21 municípios sob a jurisdição do Hospital Materno Infantil como maternidade de referência, evitando altas precoces que representam risco potencial a puérperas e recém-nascidos.

Faltas temporárias de materiais e medicamentos, o que obriga o Hospital Materno Infantil até mesmo a solicitar, em caráter de empréstimo, a outros hospitais. 
Outro produto que falta constantemente ao HMI é surfactante, indispensável no tratamento de insuficiência respiratória dos recém-nascidos prematuros, além de EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Médicos, enfermeiros e técnicos estão em constantes riscos de contaminação como HIV, Hepatites, entre outras doenças graves”, listam os profissionais de saúde, que se dizem cansados de esperar por mudanças.

Eles também revelam que há necessidade de ultrassonografia diariamente e de sobreaviso nos finais de semana, feriados e plantões noturnos, além de plantão de anestesistas 24 horas no hospital.

Na lista dos 14 médicos que assinam o documento está o problema da falta de segurança 24 horas naquela casa de saúde, uma vez que qualquer pessoa armada pode entrar no HMI e surpreender os profissionais que trabalham ali, bem como os pacientes internados e seus acompanhantes.
O corpo médico do hospital solicita uma auditoria técnica com urgência para avaliar de perto as atuais condições daquele que é a única maternidade pública a atender os 21 municípios desta região.
Os médicos que assinam o ofício são os seguintes: Anderson Huhn Bastos, Charles Alves dos Santos, Fábio Farias de Almeida, Fábio Oliveira Costa, Francisco de Assis Alves, Nilton José Gonçalves Dias, Sérgio Max dos Santos Farias, Márcia de Almeida, Carlos Garibaldi Menezes Cintra, Milla Menezes Nunes, Marcelo Barbosa de Castro, Yuri Seguchi Chaves, Orlando Veiga Filho, André Chaves de Castro Santos.
O documento assinado pelos médicos foi entregue à reportagem do CORREIO DO TOCANTINS pela vereadora Vanda Américo, vizinha daquela maternidade e que ficou preocupada com o risco de morte de bebês e até mesmo do risco de contaminação dos funcionários por falta de EPI’s. “A gente imaginava que este governo não chegaria a esse ponto, de deixar a maternidade do município se acabar, sem dar a estrutura necessária para que não morram bebês. Esse fato é grave e precisa haver uma interdição dos órgãos fiscalizadores de saúde”, avalia Vanda. 
A reportagem do CT tentou ouvir a diretoria do HMI sobre as queixas dos médicos, mas ninguém atendeu às ligações ontem à noite. O secretário de Saúde, Nilson Piedade, também não foi encontrado, pois estava em Belém participando de um evento. (Ulisses Pompeu)

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