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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma capa histórica


Fraudes na AL movimentavam R$ 800 mil por mês. Rombo pode 

chegar a quase R$ 100 milhões.

E funcionária foragida se apresenta ao MPE.

Pode chegar a quase R$ 100 milhões o rombo provocado na Assembléia Legislativa do Estado pelas supostas fraudes praticadas por funcionários da Casa, cujo esquema foi alvo de uma operação conjunta do Ministério Público  Estadual e da polícia civil, na manhã de hoje.
Na operação foram presos três funcionários da AL e cumpridos doze mandados e busca e apreensão, que incluíram o gabinete do diretor geral do Detran, Sérgio Duboc,  e a casa do ex-deputado estadual Robgol.
No gabinete do diretor do Detran foram encontrados quatro processos licitatórios antigos da Assembléia Legislativa. Na casa de Robgol, o MP e a polícia apreenderam quase R$ 500 mil, entre dinheiro vivo e vales-refeição (leia as postagens anteriores).
Quase R$ 10 milhões por ano - Nos cálculos do MP, as supostas fraudes teriam provocado um rombo de R$ 800 mil por mês – ou algo em torno de R$ 9,6 milhões por ano.
Segundo uma fonte, tais fraudes vinham sendo praticadas há pelo menos 10 anos – daí a possibilidade (calculada pela Perereca) de que o rombo chegue a quase R$ 100 milhões.
A fonte, porém,  não quis confirmar um valor tão expressivo. Acentuou que se trata de mera hipótese, até porque  não se sabe se, no passado, as supostas fraudes já movimentariam os valores atuais (R$ 800 mil por mês), estimados oficialmente pelo MP.
Trata-se, no entanto, como disse a fonte, certamente de “uma fraude fabulosa”.
“A coisa é grande. Possivelmente vamos chegar a ter deputados na mira”, disse, ainda, ao confirmar que a documentação em poder dos promotores e da polícia indicaria a possibilidade de fraude generalizada na Assembléia Legislativa do Estado.
Há pouco, a funcionária da Assembléia que se encontrava foragida, Euzilene Araújo, se apresentou ao MPE. Além dela, estão presos três outros servidores: Jorge Moisés Caddah, Semmel Charone e Daura Irene Xavier Hage.
A ação de hoje foi provocada por uma denúncia protocolada no MP pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues, do PSOL, a partir de notícias  veiculadas na imprensa acerca de possíveis irregularidades na AL.
No portal das ORM consta que na casa de Daura Hage foram apreendidos R$ 23 mil em espécie e R$ 10 mil em vale-alimentação da AL. Em algumas das casas revistadas hoje também teriam encontrados até 100 contracheques. (Perereca da Vizinha)

MPE faz 4 prisões por fraudes na AL

Fonte: Diário Online (Foto: Rogerio Uchoa)
Além das prisões, policiais cumpriram 12 mandatos de busca e apreensão
Mega-operação montada para executar quatro decretos de prisões provisórias cumpridos e doze mandados de busca e apreensão de documentos e equipamentos resultou, ontem(19), em uma pilha de provas de esquema fraudulento na Assembleia Legislativa do Estado (AL).
O golpe é investigado desde o ano passado pelo Ministério Público Estadual, com apurações paralelas através do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e auditoria em andamento na Receita Federal a partir de denúncia de fraude na folha de pagamento da casa por servidores e parlamentares.
Promotores públicos estaduais, além do delegado geral, Nilton Ataíde, e do delegado de Operações Especiais, Rogério Moraes, passaram a manhã de ontem apreendendo provas no prédio da AL e cumprindo mandados de prisão provisória, concedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Capital, Flávio Sanches.
Foram presos os servidores da AL: Jorge Moisés Kadar, diretor do Departamento de Informática; Daura Irene Xavier Hage, sem lotação definida, mas que até janeiro era lotada no gabinete do deputado Júnior Hage, atual secretário estadual do Trabalho; Sêmmel Charone Palmeira, ex-chefe do gabinete civil, e Euzilene Lima Araújo, ex-assessora parlamentar do ex-deputado Robson Nascimento, o Robgol, que não foi encontrada em casa, mas se entregou ainda ontem à tarde.
Também foram realizadas buscas na casa do ex-deputado Robgol, que resultaram na apreensão de R$ 500 mil em espécie, R$ 40 mil em tíquetes-alimentação e vários contracheques de supostos servidores da AL. Um dos mandados de busca e apreensão foi feito na sede do Departamento de Trânsito do Pará (Detran), no gabinete do diretor-superintendente, Sérgio Duboc de Oliveira. Ele foi diretor financeiro da AL por oito anos. Foi levado para o Legislativo pelo então presidente da Casa, Mário Couto (PSDB), atual senador. Duboc permaneceu na função nas duas gestões seguintes de Domingos Juvenil (PMDB).
Atualmente, ele é titular do Detran, indicado por Mário Couto. Segundo os promotores, a busca deveria ter sido realizada na casa de Duboc, mas o endereço que constava do mandado não era o mesmo da sua atual residência. Promotores e delegados resolveram buscar os documentos no gabinete dele no Detran e conseguiram a documentação que precisavam para a investigação. Duboc terá ainda que prestar depoimento na Dioe e no Ministério Público.
Segundo o promotor Arnaldo Azevedo, o MPE passou a investigar os indícios a partir da instauração de procedimento criminal e pediu ajuda aos promotores do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Geproc), chegando à conclusão que, de fato, há irregularidades.
Na avaliação do MPE, cerca de R$ 25 milhões foram desviados da AL através do esquema fraudulento. Seriam desviados através da folha de pagamento da AL entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão. Além do procedimento criminal, desde 2010 o MPE investiga também outro esquema de fraude na AL, também envolvendo servidores e parlamentares. No total, estão sendo investigados até agora 12 servidores e ex-servidores da AL e dois ex-deputados. Essa lista pode aumentar, segundo fontes da própria AL.
Fonte: Diário Online(Diário do Pará).

Um comentário:

Anônimo disse...

Por aquí, caso resolvessem investigar a fundo a caixa-preta que é a Câmara Municipal de Marabá, certamente descobririam muita coisa errada com o dinheiro público. Mas, a exemplo da ALEPA, guardadas as proporções, tivemos, recentemente, o caso da vereadora que foi fazer e/ou permitiu que assessores fizessem turismo e/ou rally de velocidade com veículo alugado pela CMM, cedido a ela. E o aparato midiático fez sua parte mobilizando a população a respeito. Porém, nada de positivo foi conseguido, haja visto o "paparico" à título de punição, com que lhe presentearam seus pares da Câmara. Em 21.04.11, Marabá-PA.