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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O caso Ana Karina

Minêgo” abre o verbo

Liberal Edição de 11/02/2011
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Acusado de envolvimento na morte de Ana Karina, em Parauapebas, depõe e faz acusações à noiva de pecuarista
Evandro Corrêa, Parauapebas

O pecuarista Alessandro Camilo de Lima, o "Macarrão" e Francisco de Assis Dias, o "Magrão", permaneceram em silêncio durante toda a audiência de instrução e julgamento sobre a morte da comerciária Ana Karina, ocorrida anteontem, no fórum de Parauapebas. Na audiência, que só terminou por volta de 23h30, também foram ouvidos os acusados Pedro Ribeiro Lordeiro, que teria fornecido a arma usada no crime, Graziela Barros Almeida, noiva de Alessandro Camilo, que nega participação na morte da jovem, e ainda o comerciante Florentino de Souza Rodrigues, o "Minêgo", o único que forneceu detalhes sobre o caso.
Em seu depoimento, "Minêgo" contou que na noite do dia 14 de maio de 2010 levou a acusada Graziela Barros até o município de Curionópolis e que ela estava muito nervosa e com medo de ser linchada pela população. Segundo o acusado, no trajeto até Curionópolis, Grazi disse que Ana Karina havia sido morta e que seu corpo fora colocado em um tambor com pedras e em seguida jogado no rio Itacaíunas. De acordo com o depoimento de "Minêgo", Graziela Barros se referiu ao crime usando frases como "eles fizeram uma loucura" e "nossa vida acabou em Parauapebas".
Em seu relato à Justiça, Florentino Souza disse ainda que Graziela Barros falou que uma advogada mandou que ela escondesse a caminhonete de Alessandro Camilo, que fora usada no crime. Com relação a sua prisão, sob a acusação de envolvimento na morte de Ana Karina, Florentino Souza disse que tudo se deu por conta de uma animosidade com o delegado André Albuquerque - assassinado posteriormente, em confronto com traficantes. De acordo com o acusado, Albuquerque o prendeu porque em certa ocasião anterior ao crime, "Minêgo" se recusou a entregar uma carga de madeira ao delegado, o que teria irritado o policial. "Ele bateu nas minhas costas e disse que eu ainda ia precisar dele", declarou Florentino na audiência, ressaltando que foi ameaçado de morte, na penitênciária, pelo empresário Alessandro Camilo.
Ainda de acordo com as declarações de "Minêgo", na cadeia de Parauapebas o delegado André Albuquerque deu ordens para que o acusado Francisco de Assis, o "Magrão", fosse colocado em uma cela com outros detentos, onde foi violentamente espancado.
A comerciária Ana Karina Guimarães, que estava grávida de 9 meses foi morta no dia 10 de Maio do ano passado e seu corpo, que nunca foi encontrado, teria sido colocado em um tambor e jogado do alto de uma ponte , no rio Itacaiúnas , a 70 quilômetros de Parauapebas.

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