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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Um rolo só

A verdade é que quanto mais se mexe no Quindangues mais surgem fatos novos. O desta semana foi uma reunião na CDI a ação desapropriatória, feita a toque de caixa, a cada dia apresenta um fato novo. O dono de um lote com pouco mais de 77 hectares vem sendo insistentemente compelido a desocupar a área, embora nenhuma indenização tenha sido paga pelo Estado. Para cumprir o despejo, ele está a enfrentar dificuldades com a remoção e recolocação de pelo menos 110 cabeças de gado bovino, outras tantas de porcos e carneiros, e há ainda sua criação de abelhas. Sem ter recebido um centavo, ele não sabe como cobrir despesas com aluguel de pastos e custo de frete, bem como outros encargos com mão de obra. Outro desafortunado é usufrutuário de uma jazida de cascalho que fica exatamente dentro de lote desapropriado, com a extração média mensal de 12.500 m³ aproximadamente, e previsão de vida útil acima de cinco anos. E isso vai dar processo (longo, é de ver-se) porque o governo não fala em indenização dos investimentos nem em lucros cessantes do explorador autorizado pela prefeitura. Mas, pelo menos neste caso deve prevalecer o bom-senso: em negociação direta com a CDI, costura-se uma permuta de lotes entre as partes.

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