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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MST explica jornada de luta no Pará

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST do Estado do Pará diz em nota distribuída à tarde de sexta-feira (6/11) que possui mais de 2000 famílias acampadas e 2503 famílias assentadas e pelo menos 2000 pessoas em um grande acampamento na Curva do S, “símbolo de resistência dos trabalhadores e trabalhadoras do MST”, em protesto ao descaso do poder público em relação à Reforma Agrária neste Estado. Segundo a nota, esta Jornada de Luta pela Reforma Agrária começou em 3 de novembro para exigir o cumprimento de uma pauta de reivindicação dos trabalhadores com demandas de todas as áreas de acampamentos e assentamentos do MST no Estado. A jornada começou com a ocupação do Incra de Tucuruí por 220 sem-terra pelo assentamento nas terras da fazenda Piratininga, desapropriadas em 2008 por serem griladas da União. “Por ser uma área com 80% de floresta, o MST propôs que o assentamento fosse agroextrativista e a área de reserva legal fosse comunitária. Porém, madeireiros e posseiros da região estão, desde a época, desmatando a área de reserva, ameaçando e expulsando as famílias do assentamento”, alegam os camponeses. Também faz parte da luta também a exigência de desapropriação imediata de todas as fazendas ocupadas pelo MST. Dentre elas, a Maria Bonita, do Grupo Santa Bárbara, ligada ao banqueiro Daniel Dantas. “Esta fazenda está ocupada por 400 famílias do MST que estão no Acampamento Dalcídio Jurandir desde julho de 2008 e já foi comprovado que a terra é irregular”, garante o MST. “Elas foram aforadas à família Mutran e tinha o propósito de exploração de castanhas. Mas, ao invés disso, foi desmatado todo o castanhal e plantado pasto para a pecuária. Depois disso, ainda foi “vendida” para a Agropecuária Santa Bárbara que continua com a pecuária extensiva nas terras. A Maria Bonita é oriunda de antigo castanhal de patrimônio do Estado do Pará, e que não poderia ser alienada sem prévia autorização estatal. As 400 famílias ocuparam a PA 150, na manhã do dia 04 de novembro e estão mobilizadas aguardando que o governo solicite a devolução da terra para o Estado e realize o assentamento imediato”. Para os sem-terra, também as fazendas Espírito Santo e Cedro, da Agropecuária Santa Bárbara, estão na mesma situação de irregularidades e, inclusive, já existe Ação Civil Pública nos casos da Maria Bonita e Cedro. Outras 200 famílias se mobilizaram na ocupação da PA 158 em frente à Fazenda Rio Vermelho, em Sapucaia, do grupo Quagliato, dono da Empresa Quamasa – Quagliato da Amazônia Agropecuária S/A. “A vistoria da terra realizada pelo Incra já confirmou que a área é da União. Além da fazenda ser utilizada de forma irregular, ela esteve durante vários anos na lista das que utilizavam trabalho escravo. Em julho de 2009, o MPF e o Ibama multaram fazendeiros e frigoríficos, dentre as multadas estava a fazenda Rio Vermelho, que deve à justiça mais de R$ 375 milhões de reais”. Por fim, enquanto aguarda negociação com os órgãos estaduais e federais (Incra, MDA, Iterpa, Casa Civil), o MST denuncia “o uso de milícias armadas pelas empresas que especulam a terra na região e as utilizam para outras funções, explorando e devastando a Amazônia. De fevereiro até o atual momento, 18 trabalhadores foram baleados pela escolta armada da Agropecuária Santa Bárbara, bem como as freqüentes ameaças e seqüestros dos trabalhadores acampados”.

2 comentários:

metralha disse...

E eu denuncio do MST dentro dos acampamentos:

1- Estupro
2- Pedofilia
3- Pistoleiros foragidos
4- Mafia da derrubada das madeiras; e
5- Venda dos lotes invadidos para outros fazendeiros, antes de desapropriada.
6- Terrorismo.

Agora Dr vá nós cidadãos comuns fazermos uma interdição nas rodovias por má conservação ou os indios em protestos a Vale por repasse de recursos atrasados.

Vem é o exercito e a força nacional.

O MST é um grupo terrorista.

Anônimo disse...

Os integrantes da base da piramide do MST é masssa de manobra de lideres que tem como objetivo espalhar o terror nas fazendas invadidas que tem colonos que são pagos e recebem moradia digna.

Quero ver eles invadir as fazendas do Diamantino e do Reinaldo Zucatelli.

Sabe porque? Os lideres corruptos comem na mão destes empresarios e controlam a base da piramide.

A reforma agraria "na mão do MST" está fadada ao fracasso. Perderam prestigio fora do Brasil, onde os mesmos tinham apoio. Agora entre eles tem rivalidades pois o PT está na "crista da onda" e até agora NADA.

O PT e o MST perderam seus objetivos principais, seus dogmas e suas justificativas sociais-economicas.

Porque o MST não ocupam fazendas do maior latifundiario do Pará que fica na estrada do Rio Preto?

Sabe porque? É dificil a negociação. O local é distante epor aí vai.

O movimento começou bem, mas agora desandou, a meu ver.